Esses sonhos que outrora foram meus
Procuram resquícios de ti
Numa sobriedade que jamais senti
Sorvendo o amargo da noite a gemidos de silencio
Esses sonhos que outrora foram meus
Buscam saudades num pala tricotado de esperanças
A cada fio tecido no rancho de minhas lembranças
Onde manhãs se fizeram tardes
E os dias pedaços de vida atirados na mala de garupa
Onde se perderam os sorrisos largos de guri
Que nunca mais vi
O lago que se espelhavam rastos da infância
Todo marcado pela inconstância
Já não refletem os mesmos traços
Que sonhavam com teus abraços
Que hoje choram por ti
Onde andará esse sorriso colorido de primavera
Que sempre tive a espera
Pelos pagos a galopar
Na garupa silente da noite
Onde num soluço de reponte
Queria ti encontrar
Esses sonhos que outrora foram meus
Quem dera um dia encontre os teus
Te acalentando nos dias de frio
Cobrindo a vestes de saudade
Voando juntos nas inquietudes das almas
E dormir calados no silêncio do teu olhar.
(Vagner Kurz)
Que poema magnifico meu amigo, esta de parabens como sempre...abraçso
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